quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Violada


É assim que eu me sinto neste momento.

Acabei de saber que destruiram o meu mundo, provavelmente o único sítio que era meu, o único sítio onde podia estar a sós com os meus pensamentos... sem ser julgada, sem ter que medir as palavras, sem ter que medir os meus sentimentos...

Traída por alguém a quem eu pedi encarecidamente que me respeitasse...

Este blog está encerrado.

Vou continuar a passear pelos vossos cantinhos e, esperemos que a rir muito convosco, vou continuar a comentar (espero que não levem a mal).

Aqui as palavras morreram de uma vez por todas :(

So me apetece chorar, por todos os motivos e mais alguns...


Não tinhas o direito....

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Há momentos assim...


A lareira está acesa.

Além da luz do meu candeiro, a sala encontra-se iluminada apenas por esta chama doce e pelas luzes tremeluzentes da árvore de natal.

Fico aninhada num canto do sofá, o meu cobertor, o meu livro e o meu leite com chocolate quente por companhia.

Que doce sensação, que calor reconfortante, que paz... O silêncio é quebrado pelas notas penetranates de Mozart no seu melhor.

Sinto-me derreter, entrar num mundo que não é bem o meu.

O livro desliza naturalmente para segundo plano.

Observo as sombras que bailam em todos os objectos, formam-se e dissolvem-se a seu tempo.
Sinto o cheiro da lenha a queimar, aroma que me transporta para o passado, para aquele tempo em que tudo era possível.

Oiço a lenha a crepitar, oiço aqule barulho caracteristico do fluxo de ar que sobe pela chaminé.
Passo a mão casualmente pela página aberta, o livro é um "paper back" com teixtura granular, daqueles que tem uma cor ligeiramente amarelada e cheiro a papel.

Não estou em mim, ou talvez me encontre perdida em mim... não sei...

Os sentidos captam as coisas duma forma ligeiramente diferente do habitual, basta uma pausa, basta descontrair para que tudo o que é normal e corriqueiro se torne numa pequena dádiva...

Como que para partilhar deste momento, chega o gato, emite um miado baixo e languido. Dá-me uma marradinha nas pernas e salta para se aninhar ao meu colo. Ficamos ali, sem pressa, a viver o momento sem preocupações com o amanhã.

Sentada à espera


Estava sentada numa qualquer estação à espera. Esperava o comboio, esperava a vida, esperava o sonho que se realiza.
Passavam pessoas atarefadas, passavam vidas, passavam sonhos... tal como eu, todos aqueles corpos se movimentavam por um motivo, todos eles continham uma história única.

Sentou-se ao meu lado uma senhora mais velha, teria talvez uns quarenta anos, na sua expressão via-se dor, desalento, desespero... Um corpo que não sabe bem para onde vai ou porquê.
Teve uma vida de luta, lutou para sobreviver, para fazer a vida dos seus um pouquinho mais fácil que a dela havia sido, lutou por um futuro.
Hoje, ele chegou finalmente e ela não vê por onde poderá continuar.
Perdeu tudo, está sozinha, está doente, está exausta!!

Fico perdida no momento, consigo sentir a sua essência e extinguir-se, até que no fundo dos seus olhos surge um pequeno foco de luz, inicialmente muito pequeno. Lentamente, essa luz cresce e materializa-se, vejo agora um pássaro de fogo, renascido dum monte de cinzas, brilha através da escuridão, lindo, imponente.
Com o seu gracioso voo através daquele olhar perdido parece dizer que, em cada fim, existe indubitavelmente um início...

A senhora levanta-se e sorri para mim, será que ela também o viu dentro da sua cabeça?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

licor beirão

Dizem que é a bebida do natal... pode ser, mas faz tremer as letras no ecrã!!!!
nossa!!! para a proxima bebo ... sei lá....

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Obrigada



Sei que não vais ver isto... de qualquer forma:



Obrigada
Estava a precisar que me recordasses porque é que eu gosto de ti.



Que o meu beijo te encontre logo à noite.

São demasiadas as vezes que nos esquecemos que só temos uma vida.

Passamos demasiado tempo a projectar um futuro.
Passamos demasiado tempo a remoer no passado.
Gastamos tantas lágrimas, tanta energia em tantas coisas que não são concretas.

Claro que é importante sabermos para onde é que vamos.
Claro que é importante sabermos valorizar de onde viemos.
Mas o mais importante de tudo, é saber apreciar onde estamos.

Somos criaturas que gostamos de complicar.

A grande maioria das pessoas na nossa sociedade dispõe de bem mais que o essencial para a subsistência, no entanto, estamos sempre a inventar mais necessidades. Projectamos o nosso bem estar em objectos, medimos a nossa felicidade em coisas. Abrimos mão da vida em prol de um conceito de estabilidade cada vez mais eleborado.

Nas relações familiares, substituímos o convívio pelo tempo passado em frente à televisão, computador, x-box and so on...

Nas relações pessoais passamos demasiado tempo a discutir, a exigir, a desconfiar, no fundo, a sofrer.

Num mundo um pouquinho diferente deste, as coisas são, na sua essência, tão simples:
Podíamos acordar com um sorriso no rosto.
Temos um tecto simpático (seguramente não é o melhor do mundo mas é o que temos, e o que temos é suficiente por agora), temos pessoas importantes na nossa vida (que amamos, que admiramos, que nos fazem sorrir se nós deixarmos), temos a oportunidade de fazer algo, por pequenino que seja, que contribui activamente para melhorar a vida de alguém.
Temos tudo o que precisamos para tornar o dia que chega, num dia fantástico!!

sábado, 28 de novembro de 2009

Revigorada!!

Esta quase que podia ser eu... lol


Depois de alguns (muitos) dias de total alienação do mundo real, depois de sangue, suor e lágrimas (de cansaço), chegaram finalmente os meus dois, mais que merecidos, dias de folga!!!
Dormi tanto que os dias ganharam uma dimensão meramente simbólica. Dormi, comi e dormi... dia, noite, não fez grande diferença.

É incrível como o nosso corpo exige, mais cedo ou mais tarde, a compensação pelos esforços que faz.
Eu habitualmente, não cuido muito do meu corpo e menos ainda daquilo a que chamamos mente mas nestes últimos tempos tenho sentido uma grande vontade de mudar isso.

Assim, depois de dormir tudo o que tinha direito, decidi ir até ao ginásio fazer uma aulinha de body balance.
Ao que parece é uma fusão de yoga, piltes e tai chi.
MARAVILHA!! Sinto-me nas nuvens! É certo que daqui a duas horinhas vou trabalhar mas vou cheia de genica :)